Gestão de Riscos
- 31/08/2016
- Posted by: admin
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As corporações e a atuação dos governos mudaram a partir dos eventos ocorridos a partir dos anos 90: Barings Bank, Enron Corporation, WorldCom, dentre outros.
É importante entender o contexto destes eventos, dos acordos internacionais firmados, das ações de cada um dos governos na regulamentação e na determinação do uso de práticas reconhecidas de governança corporativa para preservar as empresas, os interesses dos acionistas e dos consumidores finais.
Observando aqueles cases:
- Quais foram os problemas de Governança Corporativa identificados?
- Quais e como mecanismos de governança corporativa evitariam o ocorrido?
- Que práticas de Governança Corporativa devem ser implantadas para a efetividade dos mecanismos implementados?
Como resultante dos diversos movimentos realizados verifica-se uma evolução na forma como o risco é tratado pelas instituições financeiras em mercados internacionais e no Brasil.
Risco é inerente ao negócio. Toda e qualquer empresa tem desde o risco operacional (possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou decorrentes de fraudes ou eventos externos) até os riscos inerentes ao setor em que atua. A partir de seu nascimento, quando a empresa determina sua visão/missão e seus objetivos, identifica e determina o seu limite de risco, surge à necessidade de gerir os riscos, isto é, implementar a sistemática adequada para identificar, avaliar, mensurar, tratar e monitorar os riscos da empresa. Assim, a Gestão de Riscos pode ser reconhecida como uma parte de um sistema de suporte à Gestão Corporativa.
A Governança Corporativa, representada pelo “conjunto de processos, normas e políticas” que compõem o seu contexto interno, que atende e observa o contexto externo de mercado, composto por “leis, regulamentos e instituições” que regulamentam a forma com que cada empresa deve ser administrada e deve atuar no seu segmento da economia. É importante destacar que a governança se dá na atuação dos gestores das diversas áreas da empresa e estes compõem a primeira linha de defesa aos riscos.
A empresa precisa estabelecer sua estrutura como um todo. Não basta ter sua área operacional, e os serviços das áreas corporativas (financeiro, contábil, RH) sejam próprios ou terceirizados. É vital e mandatório implementar o seu Sistema de Controles Internos, composto pela descrição de seus processos operacionais, as normas e políticas internas devidamente formuladas, considerando mandatoriamente as alçadas para cada um dos eventos e por níveis de responsabilidade.
A empresa deverá ter seu dia a dia realizado de acordo com o que foi descrito em seu Sistema de Controles Internos, observando as leis, regulamentações do setor a que está subordinado o seu âmbito de funcionamento e atuação. Garantido por um Plano de Continuidade de Negócio, que contemple os pilares de recursos humanos, materiais e financeiros, com ações que garante a realização de suas operações críticas, quando de ocorrências inesperadas ou sinistros.
Com este funcionamento harmônico, buscando cumprir seu Plano de Negócio, seus objetivos e metas, os gestores poderão exercer a Governança Corporativa, elaborar e aplicar suas estratégias com o auxílio da Gestão de Riscos, que captará as informações de risco das diversas áreas da empresa, consolidando-as em indicadores de risco, desempenhando seu papel de 2ª linha de defesa aos riscos da empresa.
Os gestores exercerão a Governança, podendo adotar estratégias de mitigação ou de controle dos riscos, evitando que uma ocorrência inesperada transforme a empresa, num futuro caso de estudo de empresa que teve sua falência decretada por não aplicação mecanismos de governança.